Aumento na velocidade de entregas e na segurança da carga, diminuição na emissão de poluentes, no preço dos fretes e nos impactos no tráfego das cidades. Estas são apenas algumas das vantagens que seriam possíveis com o transporte de bens de consumo e produtos de base por meio da malha ferroviária. Mas se este tipo de transporte oferece tantos benefícios, por que ele segue sendo tão subutilizado?
Estudos da FGV e do Ipea revelam que as ferrovias representam apenas 15% da estrutura de transportes do Brasil. São apenas 31.000km de rede ferroviária no País, dentre as quais apenas pouco mais de 1.000km são eletrificados, e a maior parte da extensão total das linhas, construída com bitola métrica, um método considerado ultrapassado.
As estradas férreas seriam um meio de transporte extremamente vantajoso para escoar a produção nas longas distâncias de um País continental como o Brasil. Mas um dos entraves aos investimentos neste modal é o tempo que leva para uma ferrovia ser implantada. Com a troca de gestão federal a cada 4 anos, que prioriza a renovação das agendas, planejamentos anteriores já existentes acabam sendo abandonados, e assim, os projetos não vão para a frente.
Só para se ter uma ideia do impacto que a ferrovias podem ter nas operações logísticas do País, enquanto um caminhão consegue transportar 36 toneladas, um vagão graneleiro bi-trem comporta em média 100 toneladas, viaja mais rápido e não precisa de paradas ao longo do percurso.
Apesar disso, por enquanto, a expansão das linhas férreas segue a passos lentos. O novo marco legal das ferrovias, sancionado em dezembro de 2021, se propõe a alterar este cenário, investindo em mais de 15 mil novos km de ferrovias e proporcionando transportes mais baratos, com custos de frete mais baixos, menor dependência do diesel, e consequentemente, um menor impacto ambiental.
Enquanto isso não acontece, o maior volume movimentado pelas ferrovias ainda é de produtos agrícolas e minério de ferro. Em 2020, 489,3 milhões de toneladas úteis (TU) de produtos foram transportadas pelas concessionárias, de acordo com o Anuário CNT do Transporte 2021, entre granéis agrícolas, granéis minerais, produtos siderúrgicos, combustíveis, açúcar, celulose e outros.
Aqui na Lincros, nós estamos de olho em tudo que é fundamental para a melhoria da eficiência logística do País. Por isso, para conhecer um pouco mais sobre os desafios e o futuro da nossa malha ferroviária.
Em agosto do ano passado nós convidamos o Roberto Rubio Potzmann, então Chief Digital Officer da RUMO, maior operadora logística ferroviária do País, para uma conversa especial em nosso podcast Café com Logística.
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