O termo frete mínimo pode até confundir algumas pessoas por parecer que é a busca pelo menor valor de frete possível. Porém, ao atuar com operações logísticas, você vai perceber que o frete mínimo já existe. Ele está presente na tabela de frete e representa o valor mínimo cobrado pela transportadora para a prestação do serviço de transporte.
Portanto, já que é impossível fugir da cobrança de um frete mínimo, é preciso estar atento sobre como diminuir o impacto desse valor na composição dos seus custos de frete. Por isso, neste artigo, vamos mostrar que mesmo pagando um frete mínimo a cada negociação, é possível atuar com um valor mínimo de frete, o que leva ao alcance de melhores resultados de frete. Ficou curioso? Então, continue a leitura!
Para diminuir o impacto do frete mínimo no resultado de frete
O desafio do frete mínimo é justamente alcançar o menor valor possível de frete a cada negociação com a transportadora. É preciso entender que não existe um padrão de tabela de frete totalmente firmado e que o valor cobrado por cada transportadora pode ser diferente.
No entanto, existem alguns recursos que livram você de fechar um mau negócio. Primeiramente, é preciso estar atento a todos os detalhes de uma negociação. Em um segundo momento, é necessário contar com a eficiência da sua equipe de gestão para encontrar as melhores estratégias de negócio para a empresa.
Atenção à negociação:
Uma situação recorrente, que está diretamente relacionada ao frete mínimo e ocorre justamente por não haver um cuidado no momento da negociação, é a emissão de um número muito maior de CT-es, que foge da real necessidade. Esse processo é comum quando as notas fiscais são emitidas pela embarcadora mas não são agrupadas e, por esse motivo, no momento da coleta, a transportadora acaba emitindo um CT-e para cada nota fiscal. Ou seja, a embarcadora, ao invés de pagar por um frete mínimo – para um CT-e – acaba pagando um frete mínimo para cada nota fiscal e isso impacta diretamente no seu resultado de frete.
Quanto maior o número de CT-es emitidos, maior vai ser o custo de frete daquela carga, até porque, o custo total de frete envolve diversos componentes: frete peso, frete valor, Gris, pedágio, entre outros, e isso aumenta drasticamente o custo do frete para uma embarcadora. Para as grandes indústrias, que atuam com enormes volumes de carga, uma emissão de CT-e a mais pode até dobrar o cálculo total do valor do frete do mês em questão.
Imagine a seguinte situação: o embarcador recebe uma nota fiscal (NF) às 10 horas e outra às 13 horas e o transportador está escalado para buscar esses pedidos às 18 horas. Uma mercadoria pesa 10 quilos e a outra, 20 quilos – e elas comportam a mesma faixa da tabela de frete do transportador, que conta com um valor mínimo de 50,00, por exemplo, para as cargas com até 30 quilos. Se essas duas NFs forem unificadas e, no momento da coleta, for emitido apenas um CT-e, o preço final do frete será menor em comparação ao valor que o embarcador pagaria para o embarque de mercadorias com as CT-es emitidas separadamente.
A solução para esse problema é estar atento ao momento da negociação e deixar registrado na tabela de frete negociada que as NFs devem ser agrupadas. Somente essa unificação permite que um CT-e seja emitido a cada coleta e a embarcadora pague apenas por um frete mínimo. Normalmente, esse procedimento é realizado pelo embarcador. Portanto, esteja constantemente preocupado em agrupar as suas NFs. E lembre-se: para agrupar as NFs, elas precisam ter sido emitidas no mesmo dia e ter o mesmo destinatário/CNPJ.
Estratégia é a solução:
O trabalho do gestor é extremamente relevante, já que ele, por meio de análises e mecanismos, que funcionam para melhorar o frete mínimo da empresa, pode conhecer detalhadamente a operação do transportador e reavaliar acordos e negociações. É possível reduzir os custos de frete apenas mudando a estratégia de coleta, por exemplo.
Imagine, agora, outra situação: uma empresa negocia com a transportadora que a coleta para determinada região será realizada duas vezes por semana (nas terças e quintas-feiras). Nesse caso, o transportador emite um CT-e por dia (por questões legais e de seguro). Porém, o serviço de entrega ocorre somente na sexta-feira e o pagamento de frete mínimo é realizado tanto na terça quanto na quinta-feira – o que gera custos para o negócio do embarcador.
Então, para resolver essa questão, o gestor pode adotar a seguinte medida: eliminar a coleta de terça-feira e emitir todas as NFs na quinta-feira. Com isso, ele diminui o tempo de espera no depósito da transportadora e apenas um CT-e será emitido, ou seja, somente um frete mínimo será pago e os custos de frete serão reduzidos. Mas, lembre-se: uma mudança no dia de coleta pode atingir o prazo de entrega ao consumidor. Portanto, fique atento!
Com o auxílio de um sistema de gestão de frete é possível ser ainda mais eficiente. O TMS LINCROS, além de ajudar no gerenciamento de toda a operação logística, gera relatórios com as possíveis notas fiscais que poderiam ter sido agrupadas e não foram, permitindo que a embarcadora corrija esse erro durante uma operação.
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