Estudos indicam que nos últimos 5 anos já geramos mais dados que em toda a história da humanidade, a explicação para isso é simples, temos uma conexão cada vez mais facilitada através da disseminação dos smartphones, redes sociais e todos os aplicativos que mantém o mundo todo conectado. Em apenas um dia é gerado aproximadamente 2,5 quintilhões de bytes no mundo todo. Mas será que estamos utilizando esses dados da maneira correta?
Entenda as etapas utilizadas que fazem parte do processo de tomada de decisão com base em dados, elimine os achismos do seu processo e resolva qualquer problema com o apoio de um dos recursos mais valiosos que está a nossa disposição, os dados.
História dos dados
Se olharmos para a história, percebemos alguns momentos de grande transformação na sociedade. Momentos estes que estão marcados para a eternidade por conta dos avanços tecnológicos que proporcionaram. Podemos citar as revoluções industriais que foram responsáveis pela evolução na utilização de diversas fontes de energia e automatização de processos industriais.
No momento em que vivemos hoje, podemos perceber muitos especialistas falando sobre a era da transformação digital, indústria 4.0 ou até mesmo a era da informação.
Bem, geralmente esses termos sempre estão acompanhados de expressões como inteligência artificial, big data, automatização, e vários outros temas que poderiam gerar diversos artigos diferentes. Mas hoje, nosso foco será em algo que chama mais a atenção, o que vejo em comum entre todos esses assuntos e que está cada vez mais sendo discutido entre os gestores e analistas Brasil afora. A gestão dos dados.
Uma frase que você já deve ter lido ou ouvido falar por aí, é que os dados são o novo petróleo, justamente por se tratar do combustível da inteligência artificial e por poder gerar muito valor para os negócios. Uma excelente semelhança não é mesmo?
Mas veja bem, você saberia o que fazer se recebesse um barril de petróleo? Ou ainda melhor, se você recebesse 10 mil barris, você saberia o que fazer?
Eu não saberia o que fazer. Isso demonstra uma coisa, que tanto o petróleo, quanto os dados, necessitam de um processo de transformação para gerar valor para os negócios e também para a sociedade, agora, sabemos que para isso existem diversos processos para transformar a matéria prima em algo de valor, e com os dados não é diferente. Para criar um dashboard na logística que lhe ajude na tomada de decisão, é preciso seguir algumas boas práticas.
Pensando nesse processo, podemos definir a transformação dos dados em 5 etapas:
1. Definição do problema do setor logístico
Nesta etapa é aquela velha história, se não soubermos para onde ir, qualquer caminho serve. E quando se trata de gerar valor com o uso de dados, é importante que os gestores de logística saibam com clareza qual é o problema da operação logística do negócio. Sem essa definição, serão criados indicadores que não dizem muita coisa, e não agregam valor. Por isso, precisamos de assertividade nesse momento.
2. Mapeamento dos dados
Após entendermos quais são as questões que precisamos responder com o apoio dos dados na logística, precisamos saber onde e como vamos coletá-lo. Se precisamos dessas informações em tempo real, como no monitoramento de entregas, ou se pode haver um delay de algumas horas ou até mesmo um dia. Mas nesta etapa, o mais importante é entender se já estamos coletando os dados necessários para uma gestão logística eficiente e em como vamos conectar estas bases.
3. Criação dos indicadores
Agora que já temos bem claro qual é nosso problema e onde estão os dados que precisamos. Por isso, é necessário definir os indicadores de desempenho. Por exemplo: Meu problema é um custo de frete muito elevado, os dados de histórico estão todos em meu ERP, e a partir disso podemos criar algumas métricas e indicadores como taxa de crescimento anual, mensal e quanto esse custo representa na minha conta frete.
4. Análise com o dashboard de logística
Com tudo isso organizado, vamos poder analisar os resultados. Etapa esta que merece uma atenção especial, pois você poderá ver oportunidades que eram impossíveis de acompanhar e uma tomada de decisão mais assertiva.
5. Demonstração dos resultados (dashboard de indicadores)
Por último, temos a demonstração desses resultados, que podem ser feitas de várias maneiras. Desde uma apresentação em PowerPoint, até dashboards na logística em tempo real. O importante nesta etapa é contar uma história com os dados e nunca esquecer do problema analisados sobre a operação logística. Após isso o ciclo se repete e podemos pensar em qualquer outro desafio que vamos superar com base nos números e nos dados do dashboard de logística.
Qualquer problema pode ser resolvido com apoio dos dados
Na teoria é tudo muito fácil, mas as vezes 1+1 pode não resultar em 2. Pois quando se trata de mensuração de indicadores, os processos de uma empresa podem necessitar de alguns ajustes.
É normal encontrarmos questões do tipo: “O sistema é novo e não migramos os dados”, “a área x não registrou as informações de rota” ou até mesmo a falta de conhecimento em transformar os dados em informação.
Por esse motivo, é importante começar com uma visão macro das operações de transportes e seu indicadores e evoluir a partir deles. Implementar uma cultura analítica em uma operação de logística nos possibilita o ajuste de vários processos internos, identificação de resultados e redução de custos, daí a importância da análise de dados. Como diria Peter Drucker, o que pode ser medido, pode ser melhorado.
Quer saber quais os principais indicadores na gestão logística de transportes? Leia nosso artigo: Como os indicadores de logística impactam na tomada de decisão.